A dois passos do castelo, a Catedral de Silves, também conhecida como Sé de Silves, é um dos mais importantes templos góticos do Algarve. O interior é simples, mas carregado de história, com colunas robustas, túmulos de figuras importantes da região e um altar principal belíssimo. Se você gosta de igrejas antigas e quer sentir a atmosfera de um Algarve mais tradicional, essa visita é uma excelente pedida!

História

A catedral foi construída no século XIII, logo após a Reconquista Cristã, quando Silves deixou de ser domínio muçulmano. Os portugueses, sob o reinado de D. Afonso III, decidiram erguer uma igreja no local onde antes existia uma mesquita árabe, prática comum na época. Ao longo dos séculos, a catedral passou por várias reformas, principalmente após o terremoto de 1755, que danificou parte da sua estrutura. Hoje, ela mistura elementos góticos, barrocos e manuelinos, refletindo as diferentes fases da sua história.

Valor da Entrada

EUR 1

Prioridade:

Acessível

Parcialmente acessível

Tipo Custo

Paga

Intensidade de Esforço

Esforço moderado

Público

Público geral

Espiadinha

Tempo de visita (minutos)

Rua do Sagrado Coracão de Maria, 8300-146 Silves, Portugal

+351 926 294 515

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Dica/Vantagem:

A catedral fica ao lado do castelo, então dá para visitar os dois no mesmo passeio.
Seu interior alberga ricas peças de arte sacra e túmulos de bispos e famílias nobres da época de D. João II. A escada de caracol no interior do monumento, leva os visitantes até à Torre dos Sinos, proporcionando uma bela panorâmica da região

Alerta:

A subida até a catedral pode ser cansativa, vá com calma, porque você vai encontrar algumas ladeiras.

Curiosidade:

Antes de Faro se tornar a capital religiosa da região, Silves era a principal cidade eclesiástica e, por isso, essa catedral foi a sede do bispado do Algarve

09/03/25 Daniel Lourinho de Campos

Monumento a precisar de obras de restauro. Num sábado de manhã estava de porta fechada, o que é incompreensível, considerando o seu interesse cultural e turístico. Tirando o castelo, Silves não se parece preocupar com o seu património.

31/07/24 Rômulo Barcelos

Sé histórica com uma arquitetura bonita, se estiver de passagem em Silves vale a pena fazer uma visita.

02/12/21 ?????????

Catedral imponente que se pode visitar a um preço razoável. As pessoas na entrada e o pároco são muito simpáticos. O edifício foi construído maioritariamente no século XV, no lugar de uma antiga Mesquita. Mas os vestígios mais antigos datam do século XII. É um templo de cruz latina, com três naves. As madeiras dos altares no interior encontram-se em avançado estado de degradação.

11/08/22 Oliver Rodrigues

?Embora não tenham sido encontradas provas definitivas que a Sé tenha sido construída no local da antiga mesquita, o sítio em si é muito rica em vestígios arqueológicos do período muçulmano, tendo sido descobertos indícios de várias estruturas na Rua e no Largo da Sé, e no Largo José Correia Lobo, possivelmente de funções residenciais, além de uma necrópole e de vários espaços escavados no solo, que teriam sido silos e/ou fossas sanitárias. Maria José Gonçalves avançou a hipótese que a mesquita aljama de Silves não estava situada no local da futura Sé de Silves, mas num local mais a ponte, nas proximidades da porta Sul da muralha islâmica. Com efeito, durante escavações arqueológicas no local onde iria ser construída a nova Biblioteca Municipal foram descobertos alicerces e duas escápulas de bovídeo, com o texto «Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso», que podem indicar a presença da mesquita aljama naquele sítio. Este edifício pode ter sido construído durante o período almóada, para complementar a mesquita original, no interior da almedina, quando aquela deixou de ter capacidade suficiente para o número de fiéis. A construção da catedral teve impulso a partir de 1268, ano em que o Algarve passa definitivamente à posse do reino português, durante o reinado de D. Afonso III. Da segunda metade do século XIII data a organização geral da cabeceira e demais partes da igreja. As obras, porém, foram lentas, e no século XIV ainda estavam longe de serem concluídas. Em 1352-53, um grande sismo terá afetado a Sé em construção. Entre os Séculos XIII e XIV, a zona da Sé era utilizada como cemitério cristão, tendo sido encontrados os restos osteológicos de vários indivíduos. A partir da década de 1440 o estaleiro da Sé tomou impulso definitivo, com a simplificação do programa construtivo. Devido a isso, como observado por Mário Chicó, a nave tem um caráter mais austero que a cabeceira e o transepto. O portal principal da catedral, inserido num alfiz (elemento rectangular em pedra onde se insere todo o portal), é formado por um arco quebrado composto por arquivoltas dispostas em degraus. Os capitéis são estilisticamente emparentados aos do Mosteiro da Batalha, edifício que muito influenciou a catedral. Em 25 de Outubro de 1495, D. João II morreu em Alvor, tendo antes de falecer pedido para que o seu corpo fosse depositado na Sé de Silves, e depois que as suas ossadas fossem transportadas para o Mosteiro da Batalha. Segundo Garcia de Resende, foi sepultado em Silves com três alcofas de cal virgem para acelerar a degradação do corpo, mas quando o desenterraram ainda estava inteiro, embora as tábuas, uma alcatifa e um lençol tenham sido danificadas pela cal. Em 1499, com a presença de D. Manuel em Silves, os restos mortais de D. João II foram exumados e transladados para o Mosteiro da Batalha, onde foram sepultados definitivamente. Esse evento é recordado por uma lápide com inscrições góticas localizada na capela-mor da Sé, e possivelmente pela Cruz de Portugal, um monumento situado na saída da cidade no sentido de São Bartolomeu de Messines, que poderá ter sido oferecida por D. Manuel em 1499. Quando ainda no Algarve, D. Manuel I ordenou obras na Sé de Silves. O século XVI, porém, viu uma decadência progressiva de Silves, causada em parte pelo assoreamento do rio Arade e pela importância crescente da zona litorânea algarvia. Assim, em 1538, o bispo D. Manuel de Sousa pediu a transferência da sede da Diocese do Algarve de Silves a Faro, o que concretou-se apenas em 1577, durante a gestão do bispo Jerónimo Osório, um dos grandes humanistas e teólogos portugueses. A antiga Sé foi muito afetada pelo Terramoto de 1755 e passou por várias campanhas de restauro. Essas obras estavam terminadas por volta de 1758, quando foi concluída a parte superior da fachada principal, como seu frontão barroco com volutas, e a fachada sul, com a torre sineira. A partir de 1931, o edifício passou por um extenso programa de restauro patrocinado pelo DGEMN em que foram retirados muitos retábulos, o órgão e outros elementos dos séculos XVII e XVIII.?

30/03/24 Paulo Quaresma

Antiga mesquita. Foi muito danificada com o terramoto de Lisboa, mas ainda mantém várias capelas góticas e um fabuloso portal.