O Mercado de Escravos de Lagos é um dos lugares historicamente mais impactantes da cidade e de toda a Europa. Construído no século XV, esse edifício simples e discreto tem um peso enorme na história: foi aqui que, em 1444, chegou o primeiro grupo de escravizados africanos trazidos para a Europa pelos portugueses.

História

Lagos foi uma das primeiras cidades europeias a participar ativamente do tráfico transatlântico de escravizados, sendo um ponto estratégico das expedições portuguesas na costa da África. O mercado operou especialmente no século XV, quando os portugueses começaram a capturar e vender pessoas africanas como mercadoria. Com o tempo, esse comércio se expandiu e Portugal se tornou um dos principais países envolvidos na escravização transatlântica, levando milhões de africanos para as colônias no Brasil e no Caribe. Hoje, o local funciona como um memorial, trazendo à tona esse passado sombrio e promovendo a conscientização sobre as consequências da escravidão.

Valor da Entrada

Adulto: EUR 3
Reduzida (entre 12-18 anos, >65 anos, estudantes): EUR 1,50
Crianças (<12 anos): free

Descontos

Crianças até 12 anos.
Pessoas com mais de 65 anos.
Nos dias 18/04, 18/05, 23/08, 27/10.

Prioridade:

Acessível

Tipo Custo

Paga

Intensidade de Esforço

Esforço baixo

Público

Público geral

Tempo de visita (minutos)

R. da Sra. da Graça 26, 8600-315 Lagos, Portugal

https://www.cm-lagos.pt/descobrir-lagos/visitar/patrimonio-e-monumentos/arquitetonico-classificado#463-mercado-de-escravos

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Dica/Vantagem:

O museu é pequeno, ainda mais considerando a complexidade do assunto que ele aborda. No entanto, o fato de ele existir já pode ser visto com um (pequeno) primeiro passo rumo à conscientização tão necessária desse capítulo sombrio da história humana.

Alerta:

Ainda que seja bom que esse museu exista, ele aborda muito superficialmente os complexos aspectos da escravidão e do colonialismo. Entretanto, como o valor do ticket é baixo, vale a pena conferir o conteúdo com seus próprios olhos e tirar as suas próprias conclusões.

Curiosidade:

Nem todos os escravizados que passavam neste mercado (e muitos outros) ficavam em Portugal. Muitos eram vendidos e enviados para outras partes da Europa e das colônias portuguesas, principalmente o Brasil.
Depois que o mercado fechou, o prédio serviu como alfândega e até como quartel. Só recentemente foi transformado em um memorial.

06/10/22 Mariana Nobre

Bem, o que eu esperava ser uma experiência enriquecedora, não o foi, porque o edifício se encontrava encerrado, sem qualquer indicação quanto à sua reabertura, nem da data em que foi afixado o aviso de encerramento, como se pode ver na última foto. De qualquer modo gostei da parte exterior. Espero que reabra em breve. Publicado a 6out22.

01/03/25 João Arzileiro de Carvalho

De uma probeza confrangedora. Um par de grilhetas... Se não sabe nada sobre a escravatura também não fica a saber. Seis objetos não fazem um museu. E 3? !?

20/10/18 Touring Car

Museu que tenta preencher um (imenso) vazio na memória histórica e cultural de Portugal - o papel iniciador dos Portugueses no estabelecimento da escravatura moderna, que começou no dia 8 de Agosto de 1444, em Lagos, tal como nos conta o cronista Gomes Eanes de Zurara, na sua ?Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné?, capítulo XXIV: "... Uns tinham as caras baixas e os rostos lavados com lágrimas, olhando uns contra os outros; outros estavam gemendo mui dolorosamente, esguardando a altura dos céus (?) outros feriam seu rosto com suas palmas, lançando--se estendidos em meio do chão?. Um imenso caudal de sofrimento humano ainda sem nomes. Se os Alemães pediram oficialmente desculpas pelos horrores nazis, porque é que nós, os Portugueses, não pedimos, da mesma forma, desculpa por termos iniciado na Europa um horror que durou séculos e foi dos engenhos de açúcar do Brasil às plantações de algodão dos EUA?

30/09/20 Antonio Coelho

Creio que a existência deste museu acontece por ser moda as antigas potências coloniais terem de se penitenciar por uma prática que é tão ou mais velha do a mais antiga profissão do mundo!! Apesar de tudo o museu não tem muitas peças autopunitivas

04/08/23 Érica Alcântara

Ter um local que relembra a história da escravatura é importante. Mas, para mim, faltou informação do que foi feito dos 150 corpos de escravos encontrados enterrados numa vala comum. Faltou mais instrumentos e imagens.