Palácio digno de ser visitado, sem dúvida.
Possui um espólio impressionante, itens que vão desde o século XVI ao XIX, com relevo para o séc. XIX, se bem me lembro, e que nos permite ter uma ideia muito clara da vida da realeza em ambiente familiar.
Dispersos pelos inúmeros aposentos reais, encontramos móveis raros, interiores adamascados, veludos cor de cereja, painéis dourados, bustos, quadros, retratos, além de tapeçarias ricas, apesar de uma ou outra apresentar sinais de uso, móveis, bibelots, cerâmicas, porcelanas finas, cristais, prata e lustres impressionantemente belos, todo um interior familiar que contribui, marcadamente, para ficarmos elucidados sobre a vida da realeza portuguesa e as tendências arquietónicas e decorativas que seguiam.
Consegui ainda apreciar a perfeição das estátuas, incluindo a de D. Carlos I, em bronze, feita postumamente e que impressiona pela sua dimensão, exposta à entrada do palácio.
Mas o que realmente impressiona é a dimensão do edifício, no seu todo, que lhe permite dar nas vistas, principalmente porque possui na sua base, lateral/poente, a magnífica paisagem do Tejo e uma parte substancial da cidade de Lisboa.
Quem vai em direção aos " pastéis de Belém", vindo do Rossio, antes de chegar à residência do Presidente da República, o Palácio de Belém, mete pela Calçada da Ajuda e sobe-a, por cerca de um quilómetro, até ver do lado direito um imóvel grande, claro, com um lanço grande de escadas. Trata-se do segmento recém-construído do Palácio Nacional da Ajuda, o qual abriga o museu referente ao tesouro real.
Colado a ele, fica um belíssimo palácio branco, sobranceiro ao Tejo, que possui uma série de estátuas, à entrada, e que parecem convidar o público a entrar. Por baixo de cada pedestal pode ler-se as qualidades/valores representadas/os pela figura em causa.
Vale a pena visitar o palácio da Ajuda, porque muito do que se vê no seu interior é uma grande ajuda em termos pedagógicos, dado que uma parte substancial da nossa história é-nos revelada à medida que percorremos este belíssimo edifício.
Além disso, pode ser visitado vinte vezes gratuitamente. Basta, para tal, apresentarmos o número de contribuinte.
Excelente medida, que contribui claramente para proporcionar o acesso à cultura a todos os cidadãos.