Depois de muito tempo consegui visitá-lo: grandes expectativas que foram em parte frustradas pois acredito que a magnificência atribuÃda a este palácio deriva de uma série de factores concomitantes (a imponência francesa, o poker dos artistas que o criaram, as restrições de acesso, a impossibilidade de tirar fotografias, etc.). Definido como uma das quatro maravilhas de Roma, na realidade é apenas um belo palácio do século XVI, que esconde pérolas de beleza mas que chama mais a atenção pelos seus espaços do que qualquer outra coisa, ainda que obviamente a visita diga respeito apenas a alguns quartos e você só pode ver algumas das obras expostas. Entretanto, digamos desde já que muitas das esculturas expostas são cópias de originais transportados para Nápoles... acrescentamos que a narração das obras-primas tende a engrandecê-las mesmo quando são válidas mas não excelentes. Obviamente, o facto de ter sido iniciado por Antonio da Sangallo, o Jovem, por encomenda do Cardeal Alessandro Farnese (futuro Papa Paulo III), continuado após a sua morte, primeiro por Michelangelo e depois por Vignola (autor da fachada posterior) e depois terminado por Giacomo Della Porta em 1589, é algo que sugere e preludia uma soma de mestria sem paralelo. Se somarmos então os afrescos principalmente dos irmãos Carracci (que criaram a famosa galeria entre 1500 e 1600), autores das mais belas obras presentes no piso nobre do palácio, e continuarmos com o Salão de Hércules (muito grande mas pouco decorado), a Galeria Murano e o Camarim (também de Caracci) então o jogo parece feito: na realidade alguns salões são muito ricos e também têm mobiliário de muito bom gosto e a sala de esplendor Farnese (hoje escritório do embaixador, considerado - por eles - o escritório mais bonito do mundo) não entusiasma, e a demonstração de normalidade com alguns objetos pessoais (uma bola de futebol, uma camisa esportiva, etc.) fica um pouco deslocada com os afrescos escuros das paredes. Chamam a atenção os pisos, as grandes escadas monumentais e o mais bonito na minha opinião é o peristilo que se encontra em frente à porta principal e que se pode admirar melhor no percurso de saÃda, passando por ele. Também é linda a biblioteca, que fica no andar superior e só pode ser acessada se você for estudioso de humanidades. Francamente, o palácio Farnese em Caprarola é muito, muito mais bonito do que merece e recentemente também abriu à visita os achados arqueológicos da cave. Informações úteis? Deixe um like e veja os outros comentários feitos sobre Roma e além.