A Jordânia tem uma rica história que remonta a milhares de anos. Foi habitada por diversas civilizações antigas, como os nabateus, cuja capital Petra é um Patrimônio Mundial da UNESCO. Nos tempos modernos, a Jordânia foi parte do Império Otomano até o final da Primeira Guerra Mundial, quando foi colocada sob o mandato britânico. Com uma paisagem predominantemente desértica, cenário perfeito para diversos filmes famosos (como os filmes Duna, de Dennis Villeneuve), a Jordânia é conhecida por seus sítios arqueológicos fascinantes, como Petra e Jerash, bem como por suas paisagens deslumbrantes, incluindo o Mar Morto e o deserto de Wadi Rum.
Neste post, vamos destrinchar tudo sobre esse país incrível, encravado no coração do Oriente Médio, que passa despercebido pela lista da maioria dos viajantes. Vou te mostrar os motivos que nos levaram a cair de amores por esse lugar, e vou compartilhar muitas dicas, alertas e curiosidades sobre esse Reino. Quem vem comigo?
Bloco Econômico
Liga Árabe
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Dica/Vantagem:
- Enquanto estiver na Jordânia, sempre carregue um lenço na bolsa, pois ele será útil por diferentes movitos. Além de ajudar a respeitar os códigos de vestimenta quando visitar locais sagrados e religiosos (cobrindo a cabeça e/ou ombros), num dia quente, pode ser uma boa ideia cobrir a cabeça para evitar insolação (como no deserto de Wadi Rum ou em Petra).
- Seja cortês ao cumprimentar outras pessoas. Isso vale pra qualquer lugar do mundo, claro, mas aqui na Jordânia é esperado que você se levante e cumprimente as pessoas com (apenas) um aperto de mão. Não se surpreenda se alguém te cumprimentar com um beijo nas duas bochechas, pois esta é uma saudação tradicional árabe. No entanto, saiba que mulheres mais conservadoras (e visivelmente mais recatadas) não podem estender a mão.
- Na cultura jordaniana, você DEVE aceitar o café oferecido pelo seu anfitrião, pois esse ato simboliza a hospitalidade. Caso você já tenha tomado e esteja satisfeito, agite a xícara de um lado para o outro pra recusar um reabastecimento.
- Não se sinta incomodado se o seu anfitrião insistir em lhe oferecer uma grande quantidade de comida, pois isso é um símbolo de hospitalidade e generosidade na cultura árabe. Basta recusar com educação quando já estiver satisfeito.
- Os modos à mesa são mais relaxados na Jordânia e o ato de comer com as mãos, além de ser um costume comum, indica que você está gostando da comida oferecida. Mansaf, um famoso prato tradicional da Jordânia, por exemplo, costuma ser comido com as mãos.
- O aplicativo Careem, o "aplicativo para tudo", como é conhecido, é a opção mais popular entre turistas e locais no Oriente Médio. Além de oferecer transporte (como o Uber), ele também funciona como uma espécie de iFood deles. Essa é uma super dica pra aquele dia que você está de preguiça no hotel, depois de muitos passeios (nós usamos DEMAIS esse app durante toda a nossa passagem pelo Oriente Médio)!
- Já se acostume com a ideia de que os árabes tendem a ficar um pouquinho mais próximos das pessoas quando estão conversando. Isso pode causar estranheza nas pessoas do Ocidente, mas faz parte da cultura deles.
- Como é esperado na cultura árabe, você não só pode como deve pechinchar e barganhar ao fazer compras nos mercados e bazares.
- Em termos de gorjeta, você deve considerar deixar 10% para os garçons ao final do atendimento, a menos que a taxa de serviço já esteja incluída na conta. Em táxis, basta arredondar a tarifa para cima ao pagar ao motorista.
- Na contramão do resto do mundo, a Jordânia é o paraíso para os fumantes. Muitos jordanianos gostam (bastante) de fumar, e esse é um costume permitido em quase qualquer lugar, incluindo táxis (!!!), transportes públicos (!!!!!!!!), ruas e centros comerciais. Aqui você verá o hubbly bubbly, ou argeeleh (também conhecido no ocidente como narguile), o aparelho para fumar mais preferido do povo, em quase todos os cafés da Jordânia.
- Uma experiência única na vida é flutuar nas águas salgadas do Mar Morto (seja do lado jordaniano, ou do lado palestino/israelense). Você não só vai viver uma coisa diferente de tudo o que já conheceu, como também estará no ponto mais baixo do planeta Terra! Além disso, aproveite os benefícios terapêuticos do lodo mineral riquíssimo do Mar Morto em um spa/resort ou na praia mesmo (como fizemos, ainda que do lado de Israel/Palestina).
- Um dos piores erros que você pode cometer durante a sua viagem é se barbear/depilar antes de entrar no Mar Morto. Ele é famoso pelo alto teor de sal, o que é garantir de um ardência fenomenal para as regiões "recém-raspadas". É aconselhável não se raspar por, pelo menos, 2 dias antes de entrar no mar. Se você tiver algum machucado recente, prepare-se, porque vai arder bastante. Ahn, e nem pense em molhar o rosto ou engolir a água, tá? É risco de morte.
- Suba até o Monte Nebo para desfrutar de vistas panorâmicas espetaculares do Vale do Jordão e do Mar Morto. Este é o local onde, segundo a tradição, Moisés avistou a Terra Prometida.
- Há diversos passeios disponíveis para se ter uma experiência "autêntica" (dentro do possível) da vida beduína nos desertos da Jordânia. Você poderá passar a noite em um acampamento beduíno no deserto e aprender sobre a cultura, tradições e hospitalidade beduínas, enquanto compartilha uma refeição tradicional ao redor do fogo.
- Faça uma pesquisa detalhadas antes de reservar um passeio pelo deserto de Wadi Rum. Os acampamentos têm padrões variados, o que significa que os locais que você irá visitar também variam. Portanto, se você tem certas experiências em mente, deve analisá-las detalhadamente antes de reservar uma viagem. Afinal, os passeios em Wadi Rum são muito caros para você acabar desapontado, né?
- Considere visitar Petra por mais de 1 dia. Além de ser uma das maiores experiências de viagem do planeta, o lugar é gigantesco e fica bem no meio de um deserto. Nem mesmo as pessoas mais "condicionadas" e atléticas do mundo estão preparadas para uma missão dessas. Além do mais, se você tiver mais tempo, você poderá desbravar cantinhos impressionantes desse enorme complexo e, até mesmo, participar do espetáculo "Petra by night", que não acontece todos os dias.
- Nem só de deserto se vive na Jordânia. A cidade costeira de Aqaba, no extremo sul do país (na fronteira com Israel) é um paraíso para os amantes do mergulho e snorkeling. As suas águas cristalinas e recifes de corais coloridos atraem mergulhadores amadores e profissionais do mundo inteiro para admirarem a variedade impressionante de vida marinha daqui.
- Você não precisa evitar visitar a Jordânia durante o Ramadã por receio de não "aproveitar" o país em todo o seu potencial. Essa época cria uma atmosfera realmente festiva todas as noites, quando o sol está perto de se pôr e as pessoas se preparavam para quebrar o jejum. Além disso, o número de turistas é bem menor.
Alerta:
- Muitas pessoas não tem a menor noção do quão caro é para visitar a Jordânia. Embora seja possível fazer "mochilões" econômicos na Jordânia, se você quiser ficar em qualquer lugar que não seja um albergue, ou ficar apenas comendo comida de rua, isso vai custar caro. Para quem está acostumado a viagens de médio porte, a Jordânia é um dos países mais caros do mundo.
- Um erro muito comum entre quem vai visitar a Jordânia é presumir que é possível comprar o Jordan Pass no aeroporto, assim que desembarcar. Só que NÃO. Se você fizer isso, você terá que pagar a taxa do visto primeiro, para depois (que sair do aeroporto) comprar seu passe. No entanto, ele deixará de compensar porque você já vai ter gastado mais ao pagar seu visto. Certifique-se de comprar seu passe ANTES de chegar lá.
- Tenha consciência que as suas plataformas de streamming podem não funcionar aqui no Oriente Médio (estou falando de você, Disney+). Eu sei que essa não é a maior preocupação de quem viaja, mas não custa alertar que você não conseguirá acessar algumas plataformas dependendo da região (nem mesmo se você tiver feito o download dos conteúdos antes de sair de casa). Para quem viaja com crianças, isso é bastante relevante....hehehe!
- Em Petra, logo de cara, você será bombardeado por ofertas de transportes dentro do complexo, seja em animais (cavalos, camelos, burrinhos), ou em carrinhos (daqueles de golf). Eles vão dizer que o passeio até o início do Siq (o cânion de 1,2 km) está incluído no seu ingresso, e então você vai ver que realmente está (eba)! O que você não sabe é que eles vão esperar uma boa gorjeta sua no final, daquelas bem gordas, sabe? Quem se recusa (a dar mais dinheiro) frequentemente recebe um tratamento bastante rude e desagradável (nada físico, mas verbalmente constrangedor). Parece que, aqui em Petra, toda aquela hospitalidade jordaniana sumiu em meio às hordas de turistas, infelizmente.
- Há quem opte por usar camelos, cavalos ou burrinhos para passear por Petra. Há disponibilidade desses animais é enorme ao longo de todas as trilhas dentro do parque. Entretanto, eu, na MINHA humilde opinião, sempre fico com o pé atrás quando animais são envolvidos em atividades turísticas. Os rumores de maus tratos de animais aqui em Petra são bastante frequentes, com diversas iniciativas se tornando cada vez mais populares para eliminar o uso deles no turismo, ao mesmo tempo que é preciso gerar novos empregos para a população. Dessa forma, pense bem se é esse tipo de turismo que você quer fomentar.
- A Jordânia é um país predominantemente muçulmano, e é importante mostrar respeito pelas tradições religiosas e culturais enquanto estiver poe lá. Isso inclui evitar entrar em mesquitas com roupas inadequadas (isso inclui shorts curtos, saias curtas, blusas curtas, roupas decotadas, etc) e respeitar os horários de oração. Se não quiser atrair atenção de uma forma totalmente negativa (e até passar por apuros): evite.
- Embora não seja ilegal beber álcool na Jordânia, o consumo em público é geralmente desaprovado. Muitos restaurantes e estabelecimentos nem servem álcool, e beber em áreas públicas pode ser considerado super desrespeitoso.
- Mostrar afeto em público, como beijar ou abraçar, pode ser considerado inadequado e desrespeitoso, especialmente em áreas mais conservadoras.
- Embora a homossexualidade não seja ilegal na Jordânia, a sociedade jordaniana, em geral, tem uma visão conservadora em relação à sexualidade e à identidade de gênero. Expressar abertamente a homossexualidade pode levar à discriminação ou hostilidade.
- Fotografar áreas militares, edifícios governamentais e certos locais religiosos pode ser proibido ou desencorajado. É importante respeitar as leis e regulamentos locais relacionados à fotografia.
- Não interrompa ou ande na frente de alguém que possa estar orando em local público. É considerada uma das piores coisas que você poder fazer na Jordânia.
- Não aponte as solas dos pés para as pessoas, pois isso é considerado extremamente desrespeitoso na cultura árabe como um todo.
- Evite consumir alimentos, bebidas ou fumar em locais públicos durante o Ramadã. Mesmo que você não seja muçulmano, é esperado que você demonstre respeito nesse período sagrado pra eles. Portanto, coma e beba em locais designados para isso (restaurantes, hotéis, etc).
- Não beba água de qualquer lugar na Jordânia. Ainda que a água da torneira seja considerada potável, os jordanianos não estão acostumados a fazer isso. Aqui, a água da torneira é usada somente para lavar coisas.
- Vegetarianos, estejam alertas. O vegetarianismo é amplamente aceito na cultura jordaniana, mas as opções são muito restritas, já que a culinária deles é bastante baseada em carnes.
- Esqueça a imagem de silêncio e vastidão do deserto. Se você estiver visitando Amã, ou qualquer outra grande cidade da Jordânia, espere um trânsito absurdamente caótico na hora do rush. Os engarrafamentos atingem seu pico entre 7h e 9h e entre 14h e 17h. É surreal!
- A pontualidade é algo desconhecido na Jordânia. Aqui, o que impera é a regra árabe dos "cinco minutos": a pessoa diz que estará com você em ?cinco minutos', quando, na verdade, ela levará PELO MENOS uns 25 (e olhe lá).
- Israel é um tópico bastante delicado e polêmico por aqui. Desde 1948, a Jordânia tem sido o lar não só dos jordanianos, mas também de dezenas de milhares de palestinos refugiados que foram expulsos de suas casas. Como viajante ESTRANGEIRO (ênfase nessa palavra), você pode ter opiniões divergentes sobre este assunto, mas é aconselhável nunca iniciar discussões relacionadas a isso.
- Caso a Reserva Nacional de Wadi Mujib esteja nos seus planos de viagem pela Jordânia, saiba que ele fica fechado quase metade do ano. Por questões de segurança, devido às inundações repentinas, a reserva se mantém fechada, geralmente, entre novembro e março.
- Quando estiver fazendo a sua mala para a Jordânia, é melhor não colocar esse itens: drones (de todos os tipos), tripés (de todos os tipos) e grandes lentes para câmeras profissionais. Atenha-se aos equipamentos de uso pessoal (a menos que você seja um profissional e esteja vindo à trabalho, claro).
- Embora a Jordânia seja segura para viajantes do sexo feminino, você deve manter algumas regras (veladas) em mente. Para evitar atrair atenção indesejada, especialmente em cidades pequenas e rurais, vista-se de maneira discreta e sempre leve um lenço para cobrir o cabelo. Espere perguntas sobre seu estado civil e filhos, e saiba que uma aliança ou anel no dedo ajuda você a ser vista como "honrada" aos olhos dos conservadores locais. Nos táxis, as mulheres devem sentar-se no banco de trás, atrás do motorista. Na cultura deles, o contato visual prolongado com um homem pode indicar interesse e disponibilidade.
Curiosidade:
- O nome Jordânia vem do rio Jordão, mas a origem desse nome para o rio é algo incerto. A explicação mais comum é que ele vem da palavra "yarad", que descende de "yarden", que significa "rio" em hebraico, aramaico e outras línguas semíticas. Outras teorias apontam que o nome tem uma origem indo-ariana, combinando as palavras "yor" (ano) e "don" (rio), em referência à natureza perene do rio. Outra vertente sugere que é a forma arábica da raiz "wrd" (ir até), que significaria o ato das pessoas irem até uma grande fonte de água.
- A primeira aparição do nome Jordão foi em um antigo papiro egípcio, chamado de Papiro Anastasi I, de aproximadamente 1.000 a.C. Historicamente, as terras da Jordânia moderna eram chamadas de "Transjordânia", significando "além do Rio Jordão". O nome foi arabizado como al-Urdune durante a conquista muçulmana da região do Levante (século VII), e voltou a se chamar "Transjordânia" durante o governo cruzado. O Emirado da Transjordânia foi estabelecido em 1921 e ganhou sua independência em 1946, passando a ser chamado de "Reino Haxemita da Transjordânia", sendo "Haxemita" o nome da casa da família real jordaniana. O nome foi alterado para "Reino Haxemita da Jordânia" em 1949.
- A similaridade das bandeiras de muitas nações do Oriente Médio não é mera coincidência, nem mesmo uma demonstração de alguma tendência de "design" da época. O que acontece é que, como a imagem abaixo mostra, muitas nações se inspiraram na bandeira criada pelos britânicos para "inspirar" o movimento da Revolta Árabe de 1916 (leia: botar fogo na fogueira e se aproveitar depois pra dominar tudo).
- A capital da Jordânia, Amã, aparece na Bíblia como Ammon, ou Reino dos Amonitas. Ali se passou o episódio Bíblico de David e Golias (Urias, o hitita). As fortificações impressionantes onde Davi, que era um antepassado de Jesus, expôs Urias à morte (para pode ser casar com a sua viúva, Bate-Seba) ainda estão de pé.
- Umm Qays, na fronteira com Israel e a Síria, é o local onde Jesus fez o milagre dos porcos de Gadara. Foi ali que Jesus encontrou um homem louco, que vivia nos túmulos perto da entrada da cidade, e expulsou os espíritos maus de seu corpo, passando-os para um rebanho de porcos, que então se atiraram nas águas do Lago de Genesar.
- No extremo norte do país, próximo às fronteiras com Israel, Palestina e a Síria, há uma caverna onde Jesus Cristo, seus discípulos e a Virgem Maria descansaram durante uma jornada entre o Mar da Galiléia e Jerusalém.
- Mencionada várias vezes no Antigo Testamento, a atual cidade de Madaba era, então, conhecida como Medeba. Dentre as passagens que ocorrem por lá, estão acontecimentos relacionados a Moisés e o Êxodo, à guerra de David contra os moabitas, ao oráculo de Isaías contra Moabe, e à rebelião do Rei Mesa de Moabe contra Israel.
- Mukawir, também conhecido como Machaerus, é o local da antiga fotalezae Herodes, o famoso governador da região, nomeado pelos Romanos durante a vida de Jesus Cristo. Segundo a história, as habilidades de dança de Salomé, filha de Herodes II, hipnotizaram tanto João Batista que ele concedeu tudo o que ela desejava. Salomé pediu que sua cabeça fosse servida em uma bandeja, daí sua decapitação aqui nesse castelo. Acredita-se também que Mukawir seja o lugar onde Jesus foi levado a Herodes Antipas, filho de Herodes, para interrogatório.
- Nas religiões abraâmicas, Sodoma e Gomorra foram duas cidades destruídas por Deus por conta da maldade do seu povo. A história delas é paralela à narrativa do dilúvio presente em Gênesis, onde o tema também é a ira de Deus provocada pelo pecado do homem. Não há um consenso sobre a localização exata dessas cidades antigas. Há quem afirme que seria nos arrdores de Gawr as-Safi, próximo à parte sul do Mar Morto na Jordânia, e há quem defenda que as ruínas descobertas nos arredores de Tall el-Hammam seriam provas definitivas de onde ficavam Sodoma e Gomorra.
- No episódio que ficou conhecido como a "fuga para Pela", algum tempo antes da destruição romana de Jerusalém em 70 d.C., uma seita judaico-cristã de nazorianos fugiu para Pella, no noroeste da Jordânia, e se estabeleceu na cidade, que se tornou um centro judaico-cristão durante os primeiros dias do cristianismo. Os discípulos foram milagrosamente instruídos por Cristo a abandonar Jerusalém por causa do cerco que estava prestes a sofrer. A descoberta de um enorme templo da Idade do Bronze e do Ferro indica fortemente que Pella é o local da antiga Penuel, onde Jacó parou durante sua fuga da Mesopotâmia para Canaã.
- Abraão, patriarca comum de judeus, cristãos e muçulmanos, passou pela Jordânia desde o extremo norte até o extremo sul. O caminho feito por ele durante a sua viagem da Mesopotâmia até Canaã é chamado de Estrada do Rei, uma dos trajetos mais incríveis que existe para se fazer durante uma viagem pelo país.
- Uma caverna, situada na área próxima à atual cidade de Safi, foi identificada como o abrigo para Ló e suas filhas, um episódio (lamentável, diga-se de passagem) que é relatado na bíblia. Nele, as filhas, pensando na sobrevivência da linhagem de Ló, tiveram relações sexuais com o pai alcoolizado de vinho. Sua primeira filha deu a luz à Moabe, a descendência dos Moabitas. Já a segunda filha deu a luz à Ben Ami (Amon), a descendência dos Amonitas. Em volta da caverna, foi construída uma igreja e um mosteiro dedicados a S. Ló.
- Durante o Êxodo, Moisés e os Israelitas passaram pela redondezas de Petra, em Edom. A tradição local conta que a nascente em Wadi Musa (Vale de Moisés), na saída de Petra, foi o local onde Moisés bateu na rocha e fez jorrar água?e foi, provavelmente, a última parada dos Três Reis Magos!
- Geralmente, quando você pensa no Oriente Médio, você pensa em calor, certo? Isso está correto na maior parte do tempo, mas a Jordânia também pode ter invernos bastante frios, e até neve! Além disso, o país abriga uma variedade surpreendente de vida selvagem, incluindo gazelas, hienas, chacais, raposas, águias e até mesmo leopardos árabes em áreas remotas.
- Ao longo dos anos, a Jordânia já serviu de locação para vários filmes famosos, com destaque para "Lawrence da Arábia" (1962), "Star Wars: O Despertar da Força" (2015) e os bem-sucedidos filmes de "Duna" (o primeiro filmado em 2021) do diretor Dennis Villeneuve.